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A reposição hormonal masculina pode levar ao câncer de Próstata?


A deficiência de Testosterona no homem idoso ou maduro vem sendo um tema de debate e interesse crescente no mundo todo. Muitos estudos científicos indicam que o nível sanguíneo deste hormônio reduz significativamente em homens acima de 60 anos.


DAEM é uma síndrome clínico e laboratorial caracterizada pela redução dos níveis de Testosterona no sangue, em homens mais maduros pode resultar na queda de qualidade de vida e impactar negativamente em sistemas de múltiplos órgãos.


Durante a última década, houve um crescimento na conscientização sobre os benefícios para a saúde geral com a reposição hormonal de Testosterona (TRT) em homens com DAEM, incluindo melhora no desejo sexual e desempenho, melhora do humor, aumento de massa muscular e força, diminuição da massa gorda e melhora da mineralização óssea.


No entanto, por mais de 70 anos houve uma certa preocupação de médicos e pacientes de que um nível alto de testosterona poderia representar um risco para desenvolver câncer de próstata. Muitos urologistas inclusive, achavam de que a TRT poderia acelerar o processo de crescimento de algum câncer já presente e inicial. Alguns homens com sintomas de câncer de próstata chegavam a questionar o papel do hormônio masculino na sua origem.

Tudo isso ocorre pelo fato de que o crescimento prostático depende da presença de Testosterona. Inversamente, medicamentos que combatem a Testosterona, ditos anti-adrogênicos e a castração cirúrgica ou remoção dos testículos, podem diminuir o crescimento da próstata. A verdade é que já existem vários estudos com alto nível de evidência científica comprovando que a reposição de Testosterona não promove o aumento da próstata. Assim como, há confirmação científica de que a TRT não desenvolve ou promove câncer de próstata. De uma maneira geral, a segurança em administrar Testosterona a homens com sua deficiência é tão grande, que já temos médicos fazendo tal reposição em pacientes que foram portadores de câncer de próstata e foram tratados para tal. Isso mesmo, homens que foram submetidos a extirpação cirúrgica da próstata por câncer ou tratados com radioterapia e que apresentavam redução da Testosterona e manifestações clinicas de DAEM, foram submetidos a TRT.


Atualmente, podemos considerar como extremamente segura a reposição hormonal masculina em homens com níveis baixos de hormônios e com manifestações clínicas da doença DAEM. Existem trabalhos científicos com alto nível de evidência determinando que a TRT é segura e eficaz, e não há associação entre a TRT e chance de desenvolver câncer de próstata.

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