O sangramento uterino anormal (SUA) é definido com a perda excessiva de sangue menstrual e interfere negativamente na qualidade de vida da mulher.
Geralmente ocorre quando a concentração de estrogênio permanece elevada em vez de diminuir, como normalmente acontece depois que um óvulo é liberado e não é fecundado. A concentração elevada de estrogênio não é compensada por uma concentração adequada de progesterona. Nesses casos, nenhum óvulo é liberado, e o revestimento do útero (endométrio) talvez continue a engrossar (em vez de descamar e ser eliminado normalmente na forma de menstruação). Esse espessamento anormal é chamado hiperplasia do endométrio.
Quando descamado, de forma irregular, causa sangramento prolongado e, às vezes, intenso.
Esse tipo de sangramento pode acontecer em qualquer idade, mas é mais frequente nas proximidades da menarca (primeira menstruação) e na perimenopausa (período próximo à menopausa)
Cerca de 30% das mulheres sofrem com o SUA. No entanto, muitas não consideram suas menstruações anormais. Cerca de 59% das mulheres diagnosticadas com SUA consideravam suas menstruações normais e 41% delas acham que não existe tratamento disponível, segundo o estudo Women’s Attitudes Towards Heavy Menstrual Bleeding, and Their Impact on Quality of Life.
Sintomas do SUA
O sangramento pode diferir da menstruação normal das seguintes formas:
Pode ser mais frequente (intervalo de menos de 21 dias).
Pode ser frequente e irregular entre as menstruações.
Pode envolver mais perda de sangue (menstruação que dura mais de sete dias).
Além disso, é bom acompanhar:
Se há troca do absorvente durante a noite.
Se durante os dias mais intensos, já teve sangramento que extravasou o absorvente em menos de 2 horas.
Se é expelido grandes coágulos sanguíneos durante o período menstrual.
Se há sensação de fraqueza ou desmaios no período menstrual.
Suas atividades sociais precisam ser agendadas em torno do seu sangramento menstrual.
Diagnóstico
No caso de sim para a maioria dos sintomas citados acima, é importante procurar a orientação da pessoa ginecologista para a realização de exames que podem incluir hemograma completo, ultrassonografia transvaginal, biópsia endometrial, e outras análises que julgue ser necessário para um diagnóstico completo.
Tratamento
O tratamento do SUA vai depender de alguns fatores, como idade da mulher, intensidade do sangramento, presença ou não de espessamento do revestimento uterino, se a mulher deseja ou não engravidar. Além do uso de medicamentos para o controle do sangramento, reposição de ferro e ácido fólico também são indicados, como a terapia hormonal para controlar o Sangramento Uterino Anormal (SUA).
Comments